domingo, 12 de dezembro de 2010

Victalina Dias de Aguiar Arruda

Nascida na cidade de Capivary no ano de 1861. Filha de Gabriellina Dias de Aguiar Toledo e Antônio Manuel Olyntho de Arruda. Vitalina teve dois irmãos;. Teophylo Olyntho de Arruda e Laura Dias de Arruda.
Victalina tem apenas três registros fotográficos, porém deixou uma série de objetos que a pertenceram e perduraram até os dias de hoje. Era uma mulher de bom gosto e não gostava do simples. Louça de porcelana Inglesa (John Maddock & sons LTD – Burslem England), objetos decorativos entre outras peças bem escolhidas. Infelizmente a maior parte dessas peças se perdeu, foi dada de presente, ou simplesmente foram descartadas após o seu falecimento. E as que sobraram sofreram com o constante uso e a ação do tempo.

 Victalina Aprendeu a tocar piano, provavelmente na infância e de acordo com lembranças do meu avó Luiz, a mãe apenas se recordava de uma música, “Sobre as Ondas”, que tocava de vez em quando em seu piano.


Tinha temperamento forte e as vezes explosivo. Apesar da boa educação que vinha de sua mãe Gabriellina.

No livro V da Genealogia Paulista (Toledos Pizas) Vitalina aparece como (solteira) junto com sua mãe, pai, padrasto e irmãos, na época já casados. Isso devido a Vitalina ter se casado tardiamente com a idade aproximada de 37 anos.
Victalina aos 5 anos de idade
(1866)
É conhecida pela família a história de que o casamento teria sido arranjado entre as famílias de Victalina e pelas irmãs de Eulálio Augusto Alves de Camargo (2 ou 3 anos mais novo que Victalina). Quando uma das irmãs de Eulálio, (Manuela Angélica ou Sybilla) quando informaram a família de maneira engraçada. “Falamos com o velho e há possibilidades!” disseram elas entusiasmadas. Não se tem certeza de quem seria o tal “velho”, mas possivelmente tenha sido o padrasto de Vitalina já que seu pai já era falecido.

Eulálio no final do século XIX era viúvo de sua primeira esposa (Carolina de Souza), que havia falecido pouco depois de se casar , vítima de tuberculose.
Resolvido os tramites da união, a primeira prova documental que encontramos, é a fotografia de Victalina enviada para sua “futura sogra” Augusta Umbelina, mãe de Eulálio com dedicatória confirmando o noivado dos dois, onde podemos conhecer a sua rebuscada caligrafia.

“16-de-8-1897 Offereço á minha futura sógra como prova da amizade que lhe consagro. Victalina dias de Aguiar”

Eulalio Augusto Alves de Camargo
esposo de Victalina.

Victalina e Eulálio Augusto se casaram entre os anos de 1897 e 1899. Justamente ano que datam muitas das peças que sobreviveram no tempo como parte do jogo de Porcelana Maddock & sons. Provavelmente presente de casamento.

Da união dos dois nasceu o menino Luiz Gonzaga de Arruda Camargo, (meu avô) em 11 de setembro de 1900. Quando Victalina já tinha 39 anos de idade.

Luiz Gonzaga de Arruda Camargo (com 1 ano de idade, 1901)

Sabe-se que Victalina ainda deu a luz a uma menina que era carinhosamente chamada de “Mani” por seu irmão Luiz. Mas que está durou poucas semanas e faleceu.
É curioso que naquela época a família pediu que tirassem uma foto da menina já falecida para guardarem de lembrança. Essa foto esteve guardada por muitos anos. Mas em certo momento foi descartada por não acharem agradável guardar mais esta fotografia. Mas não se pode julgar o acontecido sem saber a dor que os envolvidos enfrentaram na época.

Luiz Gonzaga de Arruda Camargo com 1 ano


Por conta de sua idade já avançada para a maternidade e após o falecimento de “Mani”, Vitalina não teve mais filhos além de Luiz.


Missal de Vitalina 1896 + ou -

Victalina era uma pessoa religiosa como a grande maioria em seu tempo. E temos em mãos ainda o seu Missal. (pequena bíblia com a qual se acompanhavam as missas antigamente). Parece datar do final do século XIX.

Cartão postal – enviado do Chile por Carolina Aguiar para Victalina em 15-XII-1916

É curioso encontrar entre suas lembranças um cartão postal enviado por sua prima Carolina Aguiar datado de 15 de dezembro de 1916, vindo de Santiago no Chile onde a prima passava férias. O que é realmente curioso nesse cartão é conhecer o endereço onde Vitalina, Eulálio e Luiz viviam nessa época. Alameda Barão de Limeira nº14 São Paulo, Estado de São Paulo Brazil.

Luiz Gonzaga de Arruda Camargo
filho único de Victalina (1901)
Moraram também na rua Ribeiro da Silva.


Teophilo Olyntho de Arruda & (Laura Dias de Aguiar Arruda – sobrinha de Victalina) filha da irmã Laura Dias de Arruda.

Teophylo aparece no Almanack Laemaert de 1885 na cidade de Capivary (cidade em que nasceu Victalina) como membro da Camara municipal de Vereadores.

Teophilo Olyntho de Arruda em 1909

(casamento de sua filha Lenira).


Victalina aos 15 anos - aproximadamente - “A minha muito estimada irmã (Laura) offereço.”

V. D. de Aguiar

Conjunto de louça Inglêsa ( Maddock & sons) 1898

Meus avós comentavam que ela não economizava as peças que possuía. Como lembra minha avó Augusta meu avô comentava que Victalina “colocava tudo na dança”. As louças de porcelana os talheres de prata, porta guardanapos com iniciais dela, entre outras peças.

Castiçal / Bandeja de Porcelana com borda e astes de metal / Collher de Christopher – colherinhas e concha de prata

Colherinhas de Christopher / Porta-Guardanapos / Açucareiro / Enfeite de Anjo

Adicionar legenda
Victalina aos 5 anos de idade em 1866



Vitalina morreu no dia 07/03/1928 aos 66 anos. Vítima de cirose.

Curiosidades


Manoelita amiga

Objetos

História das porcelanas JOHN MADDOCK

Partitura da valsa “Sobre as Ondas”



Os 13 Volumes da Genealogia Paulistana de Luiz Gonzaga da Silva Leme



PRAÇA JÚLIO MESQUITA.



Praça Júlio Mesquita, em 1924.




À direita, a rua Barão de Limeira. Essa praça foi aberta nos primeiros anos do século XX e, no dia 22 de setembro de 1924, recebeu a sua primeira denominação como "praça Vitória". No dia 10 de maio de 1927, o seu nome foi alterado para "praça Júlio Mesquita", Em homenagem a Júlio César Ferreira de Mesquita (1862-1927), jornalista brasileiro, proprietário do jornal O Estado de S.Paulo. A praça forma um triângulo com a avenida São João, a esquerda e e rua Vitória. Foto da coleção - Eli M. de Moraes
 
Caligrafia de Victalina Dias de Aguiar Arruda em dedicatória para futura sogra Augusta Umbelina Alves de Camargo
 

Um comentário:

  1. Qualquer visitante que conheça este casal, tenha algum retrato, carta ou informação sobre eles, por favor me escreva no e-mail - mkr505@hotmail.com

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